03.03.2016

No trilho dos vinhos verdes. Exuberância e leveza num néctar único.

Oito itinerários identificados, com coração no Minho. A Rota dos Vinhos Verdes é exuberante e proporciona um verdadeiro festival dos sentidos aos que gostam de vinhos leves e aromáticos, a acompanhar uma gastronomia rica e intensa. Por toda a região minhota e um pouco mais além, as uvas douram num clima típico, aproveitando o clima soalheiro e simultaneamente chuvoso que emprestam ao Minho o tal verde inigualável. Há até quem não saiba que origem tem a designação do verde dada ao vinho. Será da paisagem, cuja extensão de verde é das mais significativas do País? Ou da acidez e juventude deste néctar único? Os enólogos portugueses sabem que a resposta é esta última, mas os profissionais estrangeiros questionam-se muitas vezes sobre esta denominação.

Dos muitos itinerários identificados (Ave, Basto, Cávado Nascente, Cávado Poente, Lima, Minho, Sousa e Tâmega) impoe-se um circuito mais restrito, um verdadeiro hino a este vinho original, espumoso, de sabor a festa e a Natureza, que acompanha bem com pratos de peixe, marisco, carnes brancas, grelhados ou, simplesmente, qualquer outro prato, sobretudo se também for regional.

Comer e beber o vinho é um acto de cultura. Um mergulho na História de Portugal. Daí que as entidades responsáveis pelo Turismo destes concelhos tenham, desde cedo, feito um esforço para promover a rota e os seus vinhos além-fronteiras, impulsionando vários pequenos produtores locais e garantindo trabalho sazonal a muitos habitantes. Dos itinerários originais, surgem, então, outros mais específicos que incluem a "Rota das Cidades e Vilas" e convida a visitar Amarante, Braga, Guimarães, Ponte de Lima, Melgaço ou Monção, Viana do Castelo, Amares, entre outras.

No segundo trajecto, que engloba a "Rota das Serras", Arga, Aboboreira, Freita, Montemuro, Alvão. Peneda-Gerês estendem-se na sua paisagem sedutora, demonstrando que beber o que dá a terra pode ser muito mais do que apreciar um bom vinho como um acto isolado: é também conhecer  as suas raízes, património e cultura numa verdadeira dinâmica económica que as instituições se preocupam em incentivar através do eno- turismo.

A "Rota das Quintas" (Quinta da Aveleda, Quinta da Lourosa, Quinta da Lixa, Solar das Bouças, Quinta de Simaens e o Solar de Serrade),  e a Rota dos Mosteiros (S. Martinho de Tibães, em Braga, Santa Maria de Refóios, em Ponte de Lima, S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto) terminam a sugestão para esta viagem irresistível que pode ser alargada ao limite da imaginação e até personalizada pelo visitante, visto que há muito mais a visitar nos oito itinerários principais.